A trilha sonora do filme Sucker Punch, de Zack Snyder, é nada menos do que extraordinária. Conferi o longa ontem na cabine de imprensa que rolou em Porto Alegre e meu queixo caiu já nas primeiras cenas. Parte das músicas escolhidas giram em torno de temas como os sonhos e a mente humana.
A primeira música, que rola durante a sequência inicial do filme, é uma versão doce de Sweet Dreams (Are Made Of This), do Eurythmics, interpretada por Emily Browning, a atriz que interpreta Baby Doll. Ficou linda e extremamente simbólica. É como um resumo sonoro da obra de Snyder no começo da película.
Depois, Where Is My Mind?, de Black Francis, do essencial álbum Surfer Rosa, do Pixies, reforça a confusão mental e o desespero da protagonista após a morte da mãe e a descoberta de que seu padrasto quer ficar com a herança da família.
Completam as cenas de abertura do filme o hino Asleep, dos Smiths Johnny Marr eMorrissey, e Army of Me, de Björk. Já a clássica White Rabbit, de Grace Slick, famosa na versão de Jefferson Airplane, ilustra uma batalha apocalíptica em uma Paris destruída durante a I Guerra Mundial na voz de Emiliana Torrini.
Também foi surpreendente a inclusão do mash-up I Want It All/We Will Rock You, deQueen/Brian May assinado por Marius De Vries e Tyler Bates, os responsáveis pela trilha do filme. A faixa tem inserções do rapper Armageddon.
Completam a trilha Search And Destroy, de Iggy Pop e James Williamson, Love Is The Drug, de Bryan Ferry e Andrew Mackay (interpretada pelos atores Oscar Isaac, o Blue, e Carla Gugino, a Dra. Vera Gorski) e Requiem In D Minor, de Mozart.
Sobre o filme? Um pouco confuso no início, mas bem alinhavado ao final. Um grande longa de ação sobre sanidade mental e mundos surreais (tão diversos quanto um Japão feudal, uma Paris sitiada, um castelo medieval e uma base espacial em alguma lua de Saturno), lotado de imagens absurdamente bem acabadas, de altíssima tecnologia, com cenas de lutas em slow motion no melhor estilo 300 e Watchmen (também assinados por Snyder) e com alto grau sensual. Entretenimento classe A não baseado em games, mas que pode ser melhor entendido por quem transita nesta mídia.
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